Existem algumas características na progressão topológica da expansão da matéria que nos permitem quantizar linearmente o tempo cronológico. Um bom exemplo é a organização fractal das moléculas de cristais, onde quatro átomos de carbono se organizão formando um tetraedro. Ao crescer as moléculas se encaixam formando sólidos platônicos. Essa organização molecular vibra em freqüências de pulso constante e foi muito utilizada na constituição de relógios de quartzo.
Desde 1967 o segundo é definido com base na medição de relógios atômicos, como: “O segundo é a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133.”
Uma freqüência observada em uma reação química, uma transformação do átomo do césio em relação a progreção do fluxo temporal é a medida utilizada no mundo inteiro. Através dela foram criadas medidas universais como:
“ TAI (Tempo Atômico Internacional ou Temps Atomique International): Tempo Atômico Internacional. É calculada pelo Bureau International des Poids et Mesures (BIPM) a partir da leitura de mais de 260 relógios atômicos localizados em institutos e observatórios de metrologia ao redor do mundo. No Brasil o Observatório Nacional participa da geração do TAI. Estima-se que o erro do TAI em relação a um relógio imaginário perfeito esteja em torno de 100ns por ano.”[1]
“TUC (Tempo Universal Coordenado) ou UTC (Universal Time Coordinated): É a base para o tempo legal no mundo todo, inclusive no Brasil. O UTC acompanha o TAI, mas é disciplinado pelo período solar. Para ajustar o UTC em relação ao período solar é acrescentado ou removido um segundo sempre que necessário. Isso é chamado de segundo intercalado, ou leap second, e ocorre aproximadamente a cada 18 meses. Assim, assegura-se que o Sol esteja exatamente sobre o meridiano de Greenwich as 12h, com um erro máximo de 0,9s. O UTC é então o sucessor do GMT (Greenwich Mean Time), que era a escala de tempo utilizada quando a definição de segundo era baseada no dia solar.”[2]
Podemos entender uma progressão linear do tempo e criar maquinas para metrificá-la, porem apenas com a nossa percepção, sem a utilização de maquinas o tempo é organizado com grande potencial de variações. Tais variações e as influencias que o tempo musical pode causar na organização perceptual do tempo cronológico serão detalhadas no capitulo 6.
[1] (Atualizado em ( 15-Set-2008 ) Escrito por Marcos Centeno Hemann
Site – (http://www.engenheiromarcos.com.br/index.php) visitado em 24/10/2008)
[2] Ibid